terça-feira, 10 de março de 2009

CRISTÃO PODE SER CONDENADO À MORTE POR SER CRISTÃO
















Cristão pode ser condenado à morte por ser cristão. Segundo a organização Portas Abertas, Maher Ahmad El-Mo’otahssem Bellah El-Gohary, que se converteu ao cristianismo, tenta obter uma nova identidade que demonstre sua nova afiliação religiosa. Os promotores pediram sua condenação à morte. Transcrevo, a seguir, a informação de Portas Abertas:

 

            Na última audiência de um cristão egípcio que queria se converter oficialmente ao cristianismo, os advogados da oposição o acusaram de apostasia, e pediram pena de à morte.

            Mais de 20 advogados islâmicos foram à audiência no caso de Maher Ahmad El-Mo’otahssem Bellah El-Gohary. Ele tentou obter um novo documento de identidade que demonstrasse sua nova afiliação religiosa como cristão (saiba mais). Dois advogados conduziram a acusação: Ahmed Dia El-Din e Abdel Al-Migid El-Anani. “[El-Din] começou a falar que o Alcorão estava em uma posição mais elevada do que a Bíblia.

             As pessoas podem subir de religião, não descer, então, ninguém pode deixar o islã, que é a mais elevada de todas”, disse Said Fayez, um dos advogados de El-Gohary. Memorandos apresentados pelos advogados de oposição afirmam que casos como o de El-Gohary são parte de um ataque norte-americano contra o islã e o Egito, que o cristianismo é uma religião inferior, e que os coptas protegem e defendem os convertidos a seu próprio risco. “Nós recebemos 150 páginas falando sobre religião.

            Não estamos em posição de falar sobre isso, estamos falando somente sobre a lei”, disse Fayez. El-Gohary não estava presente na audiência, pois isso colocaria sua vida em grande risco. Ele planejava obter as procurações que autorizassem o advogado Nabil Ghobreyal a agir em seu lugar no tribunal, mas os funcionários do cartório xingaram e bateram nele. O juiz Hamdy Yasin foi forçado a adiar o caso até 28 de março, porque El-Gohary não conseguiu os papéis necessários para a procuração. “Estou em uma posição que não me permite fazer nada”, diz El-Gohary. “Eu tenho que ir ao tribunal, apesar do risco.

            Creio que Deus irá me proteger. É uma decisão muito difícil, mas tenho que ir.” “Nossos direitos como cristãos no Egito são menores do que os direitos de um animal. Somos desprovidos de nossos direitos civis e sociais, de nossa herança, e somos abandonados para ser mortos por fundamentalistas. Ninguém se preocupa em investigar ou agir por nós.” El-Gohary, 56, foi atacado na rua, e, tanto ele quanto a filha de catorze anos continuam recebendo ameaças de morte pelo telefone e pelo celular. Ao mesmo tempo, recebe mensagens de encorajamento, vindas de outros ex-muçulmanos que têm medo de tomar a mesma atitude que ele. “Todos os dias recebo ligações de pessoas que se converteram, mas mantêm em segredo.

            Eles me perguntam sobre o que está acontecendo, porque afeta o futuro deles também”, diz El-Gohary. O perigo que ele e sua família correm demonstra que provavelmente ele deixará o Egito, mas não até o caso ser encerrado. O advogado Ghobreyal declara: “Ele não vai embora sem ir ao tribunal, ele não quer sair enquanto não estiver terminado.

             A conversão é um direito dele.” El-Gohary disse que sente a responsabilidade de testemunhar sobre Deus e Jesus: “Eu tenho que fazer o que faço pelo bem dos convertidos e para a Glória de Deus”, afirma. (Tradução de Deborah Stafussi)

 

Enquanto isto, nas terras da liberdade de cultos, o que fazemos?

 

            Quando leio uma matéria como essa, sinto a necessidade de ser mais crente. Vejo o quanto precisamos mudar, rever nossos conceitos. Hoje no Brasil, e para ser mais preciso, em Pernambuco, e mais preciso ainda, na cidade de Abreu e Lima, encontramos igrejas espalhadas por todos os bairros. Temos a liberdade de todos os dias e, todas as horas cultuar ao Nosso Deus nos templos, porém, tem observado que o crente cada dia, tem se tornado simplesmente freqüentador do culto, ao invés de adorador.

            Creio que não é regra, para a igreja crescer é preciso ser perseguida, porém, quando as coisas estão fáceis de mais o povo acomoda-se. Que Deus possa trazer um grande despertamento para o seu povo, ou caso contrário permita que aconteça o que aconteceu com a igreja primitiva, quanto mais os cristãos eram perseguidos mais a igreja crescia e o nome de Deus era Exaltado. Aviva o Senhor o teu povo.

 

Um comentário:

Marcello de Oliveira disse...

Shalom!

1.Ótima postagem! Caro Pb Diones, essa é uma realidade do Oriente Médio, nossos irmãos estão dando a vida pela maior causa que alguém possa defender: a causa do Evangelho. Ah! como estamos longe destes irmãos! Eles possuem uma fé inabálavel. O interessante é notar no texto de At 8.2,4 que o termo para "dispersos" no original é "diaspeiro" e significa: espalhadores de sementes. Será que Deus permitirá a perseguição no Brasil, para que os "diaspeiros" espalhem a semente do Evangelho? Que venhamos acordar de nosso sono! Os campos estão prontos, mas onde estão os ceifeiros? Termino com uma´pérola de Tertuliano: "O sangue dos mártires é a sementeira do evangelho".

um abraço, Pr Marcello

P.s veja meu novo texto: Salmos 1 - Uma exegese.